Pr. Márcio Valadão

Palavra do Pastor

Atitude

A vida eterna a que Jesus se refere não é quantidade de vida, mas qualidade de vida, sem feridas ou traumas


“Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim” (João 5,39). A vida eterna a que Jesus se refere não é quantidade de vida, mas qualidade de vida, sem feridas ou traumas. O Senhor Jesus disse: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (João 10,10). Eu quero “plantar” no seu coração algo, e você nunca poderá esquecer desta verdade: não temos que caminhar por aquilo que sentimos, por aquilo que as pessoas dizem a nosso respeito, e nem dar ouvidos às mentiras de Satanás e seus demônios, mas única e exclusivamente sobre a Palavra de Deus e do que ela diz a nosso respeito. Temos de estar convictos acerca da nossa identidade em Cristo Jesus. Uma coisa é termos a identidade, e outra é assumirmos a posição que a identidade nos dá.

Todos conhecem a história do príncipe que virou mendigo. A identidade dele era a de príncipe, mas a posição dele era de mendigo. Isso quer dizer que a pessoa pode ter a identidade de príncipe e viver como mendigo. O que acontece? Ele não desfruta da sua identidade. São duas realidades completamente distintas, porque a simples identidade, por si só, não leva a pessoa a viver a posição. A mesma situação na história do filho pródigo (Lucas 15,11). Quando, digamos assim, o filho mais abusado volta e o pai celebra uma festa, há muita alegria, e quando o irmão mais velho, voltando do campo, ouve o som da música e percebe que alguma coisa está acontecendo, ele pergunta: “O quê está havendo?”. E dizem para ele: “Teu irmão voltou”. Esse texto trata de identidade. O moço, ao ouvir a resposta de que seu irmão voltara após tanto tempo fora de casa, fica do lado de fora e diz: “Aquele indigno voltou e meu pai está dando uma festa para ele? Eu não vou entrar”. E o filho volta para o pai e diz: “Meu pai, há tantos anos eu te sirvo e o senhor nunca me deu um cabritinho sequer para eu me alegrar com os meus amigos”. Ou seja, o moço tinha a identidade correta, mas a posição dele não era a posição de filho, mas de servo, de escravo, porque assim se via, mesmo sendo filho. Eis sua identidade de servo: “Há tantos anos eu te sirvo e o senhor nunca me deu um cabritinho sequer para eu me alegrar com os meus amigos”. O pai retruca, na intenção de reafirmar a identidade do filho: “Filho, tudo o que eu tenho é teu”.

Aquele moço tinha a identidade de filho, mas ele não desfrutava dessa posição e por isso vivia na casa e não via o pai como pai, mas como patrão, como um líder, como aquele que dava ordens. Ele não desfrutava da posição de filho. Pura falta de conhecimento. Naquele instante, o pai disse: “Meu filho, tudo o que eu tenho é teu”.

Para as feridas da alma, “a lei do Senhor é perfeita e restaura a alma” (Salmo 19,7). A primeira coisa que nós temos que guardar, imprimir em nossa alma, é exatamente o conhecimento sobre quem somos em Cristo. Quem eu sou em Cristo?

Declare que você é aceito pelo Pai, e não um rejeitado. O Pai o aceitou não pelos méritos ou pelas virtudes que você possui, Ele o aceitou pela sua graça absoluta.


Deus te abençoe!
Pr. Márcio Valadão